Coelhão da Páscoa

Na atividade com balões, o tema Páscoa sempre rendeu muitos trabalhos interessantes. Os ovos e sua cestinha, a cenoura e os coelhinhos, são as figuras mais retratadas por quem faz da arte com balões sua forma de expressão.

No grupo de discussão GBA – Grupo Balonismo Artístico (www.grupos.com.br/group/balonismoartistico) sempre circulam fotos e mais fotos nesse período.
Selecionamos algumas consideradas interessantes, seja pelo diferencial do tipo de balão utilizado como também pela criatividade e a originalidade do visual.

Abrindo a mostra, O “Coelhão Cosuag”, da conhecida Balonista Artística, Decoradora, Designer e instrutora Regina dos Anjos, de São Paulo, o qual foi o primeiro colocado no concurso de esculturas gigantes, na edição do evento COSUAG, promovido pela Qualatex, em 2008, ocorrido na Argentina. Regina teve como auxiliares pessoas de alto gabarito técnico, tais como Ricardo Rodrigues, de Porto Alegre, Luiz Carlos, de São Paulo, Silvina, da Argentina e o Tunico, de Goiânia.

Com aproximadamente 2,70m de altura, o coelho feito com balões tem como maior diferencial a inexistência de qualquer estrutura rígida na sua sustentação. Para mantê-lo em pé foram usados balões 260-Q e um peso feito com balão cheio d’água, estrategicamente posicionado como se fosse a sua cauda. E mais curioso, os balões redondos foram interligados com o auxílio de ERVILHAS!!! Incrível! Dá para imaginar o trabalho que deve ter sido para finalizar a peça, unindo balão por balão...

A técnica utilizada pela artista brasileira é conhecida popularmente entre os profissionais do Balonismo Artístico como a “técnica do feijão”, onde inserimos algo como um caroço de feijão ou objeto pequeno, sem pontas (uma pequena moeda, por exemplo!), no interior do balão e após amarrá-lo, criamos uma segunda “ponta” ou bico, para fixações em outros balões ou qualquer outro tipo de adereço. Os chamados balões Lig Ball ou link, que já vem com dois bicos, surgiram a partir dessa técnica. Ainda podemos utilizá-la para fazermos distorções, criando figuras como tomates, maçãs ou abóboras.

Para chegar ao fantástico mundo dos balões, a trajetória de Regina dos Anjos também é das mais curiosas: Tem duas formações acadêmicas, Administração e Ciências contábeis, respectivamente e uma formação técnica em Prótese dentária (se perder algum dente, o coelhinho não tem com o que se preocupar, concordam!?!?). Trabalhou na construção civil, liderando as obras na empresa do seu pai em Ilha Bela e finalmente, antes de se projetar na atividade dos balões, esteve por 15 anos atuando em vendas de automóveis. Ou seja, muito pouco a ver com o que desempenha hoje em dia e ao que parece já é uma característica comum encontrarmos histórias tão interessantes em nosso setor quanto as da artista citada.

Mas vamos deixar de conversa tão longa e curtir mais um pouco o "Coelhão", agora em outro ângulo: