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A partir do que é visto publicamente da trajetória de muitos artistas e empresas que lidam quase que estritamente com Balões, percebe-se que em pouco tempo um número bem significativo deixa de lado os seus sonhos e objetivos e das duas uma: Ou desistem de vez ou relegam aos Balões papel secundário em seus negócios.
Será que a falta de planejamento e organização é a principal justificativa? Pode ser em alguns casos, mas nem sempre!
Existem pessoas que investem pra valer, fazem tudo como manda o figurino – se qualificam nas técnicas mais recentes, frequentam feiras e cursos, compram máquinas e equipamentos adequados, utilizam os melhores produtos disponíveis, contratam até consultores, abrem páginas e perfis na internet, interagem com os demais e divulgam como podem daquilo que realizam.
Tem tudo para dar certo, imaginam, sem dúvidas.
Uns até conseguem a tão almejada visibilidade, o sucesso aumenta e assim as coisas parecem decolar.
Com a demanda em alta, se deparam com um problema maior: A falta de auxiliares e colaboradores eficazes e confiáveis. Montam equipes, mas tem que ficar na “linha de frente”.
Se arredarem um passo, periga ocorrer um caos. Noites em claro, família e lazer deixados de lado.
É, no negócio com Balões não se pode fazer corpo mole. Justamente aí é quando percebemos que o tempo está passando e não conseguimos manter o mesmo ritmo, pois o corpo sente, as pernas e as costas doem, na mesma proporção que surgem as noites em claro e dores de cabeça constantes.
Pior é quando vem aquele estágio onde dá um “breque”, os pedidos escasseiam, os clientes vão rareando e nos perguntamos o que está acontecendo de errado, se a dedicação é total e a qualidade está acima da média normal.
Mil dúvidas. Criam-se ideias para tentar reverter o quadro.
Mas a falta de motivação impera, com a desvalorização do trabalho profissional diante de concorrentes despreparados e desleais, a falta de cultura do público para absorver as informações que tentamos repassar, culminando com a falta de entrosamento e interesse dos próprios colegas do setor em apoiar ações realizadas no intuito de incrementar o mercado.
E então chega um dia que temos que tomar a difícil decisão: “Jogar a toalha” ou continuar tentando, mantendo a esperança de que um dia o quadro se reverta.
Muito mais do que uma narrativa que pareça pessimista de um setor que para quem entra, parece pra lá de promissor, este é um momento para identificar se a efemeridade dos balões não se reflete em nosso cotidiano profissional e um alerta para aproveitarmos ao máximo, com cautela, tudo de bom que eles nos proporcionam, nos dedicando com afinco e perseverança, mas sem esquecer que tudo pode ser passageiro e, se necessário, podemos mudar o foco sem traumas.
Grande abraço,
Noossa...me emocionei muito agora! Uma realidade vivida por muitos profissionais, sentimento de um passado para centenas com a mesma intensidade.
ResponderExcluirSuas palavras acertaram letra a letra o que de verdade muitos gostariam de falar e por motivos adversos não conseguem demonstrar. E para alguém que como eu "joguei a toalha", por pelo menos uns quatro dos motivos acima citados, foi até mesmo um alento já que a frustração de parar parece muito maior que a dor fisica que me acompanha a mais de um ano e foi a gota d'água.Abraços!
Erilma,que bacana saber que além da informação e levantar uma discussão, um texto pode levar também emoção. Fico bastante grato em perceber que tantas pessoas se identificam com alguns dilemas que aparentemente seriam só nossos. Faço parte de um grupo que poderia se considerar privilegiado por ter iniciado essa atividade no Brasil e talvez por isso mesmo sinta com mais intensidade os problemas citados. Compreendo sua frustração e sou solidário a você e com todos que de uma certa forma se veem obrigados a desistir de algo que tanto gostam e admiram.
ExcluirCosta querido,
ResponderExcluirSeu post me lembrou as longas discussões do GBA antigo, quando todos estavam super empolgados em discutir a nossa profissão... bateu uma nostalgia terrível!
Posso dizer por mim, não saio da linha de frente - FATO - tenho 2 sócios que são fundamentais e me ajudam a manter a coisa andando e crescendo. Verdade que o corpo cansa pois nosso trabalho é 90% braçal e 10% intelectual. Para isso entrei no Pilates e tem funcionado bem :-) Não vejo como no mundo dos balões montar uma equipe que faça tudo sozinha, criar filiais, repetição de nós mesmos... Não tem como, somos pequenos artistas, esculpindo sonhos e pintando felicidade!!!!
Mary, que bom ler suas considerações aqui. Realmente seria ótimo se os bons tempos das discussões retornassem...e com força total! Quem sabe assim não ocorreria alguma mudança(urgente!!!) benéfica. É uma pena ver tanta gente boa abandonando o mercado ou se acomodando no seu canto como se estivessem isolados do mundo. Sorte sua contar com parceiros que fazem o seu negócio funcionar bem. E parabéns por não se tornar sedentária e não sofrer tanto com os males físicos decorrentes do seu trabalho. Mente sã, corpo são! Compactuo da sua opinião sobre não existir, por enquanto, condições plausíveis para delegar a atuação de nossos negócios a terceiros sem acompanhar de perto tudo o que é feito. O cliente quando nos contrata, também quer nos ver com a "mão na massa"...do contrário, não paga satisfeito!
ResponderExcluirSaudações Costa!!! Lembro de um tempo atrás (não tão distante), onde me vi em uma dificuldade enorme, apenas financeira pois profissionalmente já estava bombando, onde tinha de escolher entre continuar com os balões ou ser motorista de caminhão. Você me disse para nem pensar em largar os balões. Segui suas palavras e hoje continuo na pendenga...mas lutando todos os dias, com muito entusiasmo, sabendo que minha missão é estar na linha de frente com os artistas dos balões, mostrando trabalhos, técnicas e conscientizando do enorme valor de muitos profissionais (desvalorizados) nesse mundão afora. A pendenga continua mas é passageira, no próximo ponto ela desce, e eu continuo dirigindo minha vida, por esta estrada que eu escolhi!!! Obrigado pela força irmão!!! Um grande abraço, inté!!! :) Edison Ukita
ResponderExcluirGrande Edison!! Já, já tem um artigo onde vou citar algumas pessoas que no Brasil são as atuais revelações no mundo dos Balões e seu nome será destacado. Fique certo que muitos artistas inspiram-se no seu trabalho para estar nessa atividade. É difícil de acreditar como pessoas iguais a você, com um tremendo talento e um carisma tão grande, não consiga uma empresa do setor para comprar seu passe definitivamente. O que será que estão esperando!?!?
ResponderExcluirOlá amigo,Costa,vc foi o ombro amigo que encontrei para recomeçar minha carreira e meus sonhos, sou grata pelo apoio e vendo suas palavras lembrei-me que como eu a alguns anos fiquei escondidinha no meu cantinho com meus sonhos e projetos engavetados.Mas com amor,dedicação, e profissionalismo e ética, e com uma ajuda do nosso Deus, estamos cada dia mais apaixonados por balões e sei que, como eu e André, vc é um cara incrível e as pessoas precisam apostar e conhecer, obrigada por não desistir desse meio de comunicação e espero que esse espaço volte a grandes discussões e proveitosas dicas. Mesmo que haja barreiras, precisamos ser guerreiros na profissão que escolhemos e vencer cada batalha,
ResponderExcluirabraços e fika na paz.
Cris de andré-Balloonhias Fest-Salvador-Ba
Valeu pelas palavras e sei que são sinceras, Cris e obrigado por nos prestigiar, valorizando com a sua presença nossos mecanismos de comunicação! Você é mais do que um exemplo para um monte de gente que acha que já sabe tudo e no entanto precisaria rever seus conceitos, atitudes e opiniões. Teve humildade de recomeçar e participar de eventos como se fosse iniciante, sem receio das críticas que poderiam surgir, já que é considerada uma "jurássica" e foi uma das primeiras a receber, juntamente com o seu marido André, um prêmio em um dos seminários internacionais na década de 90. A qualidade do que faz é inquestionável e seu esforço é recompensado com a preferência dos seus clientes pelo seu trabalho. Parabéns!
ResponderExcluirAdorei a reportagem, acredito que muitos já vivenciou um pouco dessa reportagem, sem ter um momento para o lazer, sem dormir direito, sem planejar melhor. Hoje além de fazer minhas decorações, tenho tempo para minha familia, tenho grandes realizações e uma satisfação enorme em trabalhar com esse universo maravilhoso dos balões!!!!Em grande parte devo a tão organizada empresa E-balões, que fez mudar toda a estrutura da minha loja.
ResponderExcluirGrande abraço a todos e parabéns pela linda matéria. Viviane.
Bom eu ainda não o conheço pessoalmente, mas a uns 4 anos eu o conheço por via internet, vivo um pouco na situação como diz nossa querida Cris que admiro muito.
ResponderExcluirDescobri a magia dos balões em 1998 e comecei meus sonhos e projeto.
que desde 2000 ficou na gaveta como diz Cris, e somente em 2006 resolvi abrir esta gaveta e reler meus projetos.Que por muitos motivos não os coloquei em pratica, mas em 2010 comecei uma batalha de realizações e criei a minha agência de curso em BH a Foco Eventos e Cursos, como eu fiquei escondida por 8 anos, hoje com muita luta perseverança, garra e lealdade estou sento aceita por vários e grandes empresários do ramos de decoração. Represarias é normal ter mas sou forte e como você diz meu querido Costa , dedicando com afinco e perseverança, mas sem esquecer que tudo pode ser passageiro e, se necessário, podemos mudar o foco sem traumas.Minha agencia completa 2 anos de dedicação, e com muita garra vamos seguir em frente.
este ano terei o prazer em te conhecer, pois você brilha e quero fazer parte deste linda família. Parabéns pela matéria!